
Sabe aquela história de que nunca lemos tudo o que há pra se ler na Bíblia, e que conforme a situação uma passagem que passávamos batido nos chama a atenção?
Um dia desses eu estava lendo o começo do Livro de Daniel e percebi algo do tipo.
Vejam comigo:
Daniel 1:1-5
No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá,
O Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e alguns dos utensílios da Casa de Deus; a estes, levou-os para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e os pôs na casa do tesouro do seu deus.
Disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei e lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus.
É interessante notar que os jovens escolhidos por Nabucodonosor eram, pelo ponto de vista humano, perfeitos. Ricos, belos, inteligentes, eles tinham tudo. Nem mesmo a derrota de seu país os atingiu de todo, já que alcançaram graça aos olhos do novo governante e seriam tratados como a elite que sempre foram.
Volta e meia nos sentimos assim. Somos especiais, temos a Verade Presente, somos em certa forma uma elite.
A história não para aí. Dentro dessa elite, a elite de Judá, 4 nomes se destacaram.
Dn 1:6
Entre eles, se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
E eles concordaram entre si não renunciar ao Deus de Abrão, Isaque e Jacó. Eles decidiram não se contaminar com os costumes idólatras da Corte, nem mesmo num simples gesto como o de se alimentar mal para agradar a seu novo rei.
Havia muitos jovens 'perfeitos' trazidos de judá. Príncipes, primogênitos, primícias de seu povo. Mas, dentre toda a elite de Judá, a Bíblia nos chama a atenção para esses 4 companheiros de cativeiro.
Eles poderiam ter sacrificado sua saúde ao comer aquilo que as pessoas da época imaginavam ser fraco ou insuficiente.
Mas sua fidelidade foi honrada pelo Senhor, e ao final do período probatório eles se achavam "dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino" (v. 20).
Foi um testemunho até pequeno. Nao comer de iguarias contaminadas era praxe de todos os que deixaram o Egito. Mas eles foram os únicos a por Deus em primeiro lugar em suas escolhas.
Quatro amigos fiéis E sábios. Milhares de anos atrás, perceberam que não basta ser do Povo Eleito, nem mesmo ser da elite. Nada nos faz melhores que os outros.
Eles perceberam que o importante é ser ELEITO, é ser SALVO, é TESTEMUNHAR do amor de Deus.
Que nosso foco não esteja em nós, em como somos isso ou aquilo.
Que nosso foco esteja em Deus e que nossa vida testifique de Seu amor a cada dia.
Um comentário:
"Que nosso foco esteja em Deus e que nossa vida testifique de Seu amor a cada dia."
É muito profundo isto porque religião não é acessório, é vida.
Gosto do pensamento que diz que Deus não quer que Seus filhos sejam advogados de Sua causa, mas que sejamos testemunhas Suas.
Há uma boa diferença nisto.
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