A autora:
Martinha
"Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos." (Apocalipse 20:6)
Hora triste aquela.
Final de Janeiro de 1988, depois um um periodo de ferias com todos os filhos, noras, genro e netos, chegara entao a hora da despedida. Nunca antes se reunira todos por tanto tempo juntos e saíra todos no mesmo dia e hora, porém neste ano tivemos este privilégio. Coincidência ou providência?
Reunidos na extensa cozinha com cheirinho de pão de queijo com cevada, fizemos o culto e oração de proteção para a longa viagem de cada um ao seu destino. De repente alguém começou a chorar seguidos de todos. Estranho...não era assim nossos encontros e despedidas e sim cheios de rizadas e alegrias. Por que esta acontecendo isso? Indagamos o acontecido.
Saímos e em suas rotinas, todos seguiram sua vida.
No dia 2 de fevereiro todos recebiam a noticia que nosso pai havia sofrido um acidente. Um boi lá do sítio ficara doente e meu pai, depois de aplicar uma injeção, foi tentar tirá-lo da água, (é de constume do animal doente procurar deitar na água), e nesta tentativa meu pai recebera um coice que o jogou longe.
No momento, na companhia de meu irmão mais velho, fora engraçado, riram muito e voltaram e termiram o trabalho e assim foram p/ casa.
Era sexta-feira e o sol já estava bem baixo e assim foram se preparar p/ o sábado.
Depois do banho, ele quis deitar sem o jantar se queixando de dor no abdomen e minha mãe depois de passar cinzas com azeite, apagou o lampião e o deixou ali. Mais tarde meu pai acordou com fortes dores e foi levado a cidade. Hemorragia interna e varios orgãos perfurados, não resistira a cirurgia e falecera, Porém antes dissera à minha mãe que que lesse a Bíblia, orasse e descansasse para que tivesse paz, pois ele ‘’estava bem com o Senhor’’.
Ver seu caixão descer à sepultura me causou uma dor intensa que até me esqueci que segurava na mão de minha filha caçula, na época com 5 anos.
Fui trazida a realidade quando me disse:
- Mamãe, não podemos deixar o meu vovô aqui sozinho. Não quero ir embora.
Me abaixei e disse que era preciso e tentei sair e novamente ela se recusou ir apertando forte a minha mão. Ficamos ali em silêncio até que ela afrouxou a mão à minha e fomos saindo com ela olhando p/ trás. E quase no portão do cemitério ela me disse:
- Mamãe, não precisamos chorar porque o anjo me disse que ficará ali cuidando do vovô até Jesus voltar e que nao vai demorar.
Abaixei, a abracei e concordei com ela, triste ainda pela dor, mas na esperança de vê-lo um dia.
Deus esta disposto a nos enviar mensagens de esperança a todo instante e fui previlegiada com as afirmações de minha filha. E realmente espero ver meu querido pai naquele grandioso dia.
Um dia Seu Filho amado, veio e morreu para que fossemos salvos e como se não bastasse ressurgiu dos mortos para que também pudessemos ressurgir e com Ele reinar como nos promete em Apoc. 20:6
Louvo ao meu Senhor pela esperança da salvação e oro para que todos os meus um dia venha também desejar estar em pé na volta do Senhor Jesus.
Devemos orar sempre pela volta dos nossos que estão longe do Senhor!
Que abençõe a todos que lerem esta meditação.
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