Priscila
1 Corintios 13:13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
Certo dia, eu estava lendo um daqueles e-mails, falando de uma pesquisa feita com crianças pra definir o amor!
Várias respostas, todas lindas, umas complexas outras simples e decidi também ter a minha resposta!
Eu ainda lembro de quando ingressei nessa carreira amorosa!
Foi em 1991, eu tinha 9 anos, estava na 4ª série e tinha um menino da minha sala que eu adorava!
E como ele morava perto de mim, eu sempre dava um jeito de ir à casa dele fazer os trabalhos da escola.
Paixão boba, infante, inocente!
Mas ele não dava a mínima e desencanei.
No mesmo ano, eu já tinha completado os 10 anos de idade e morava no meu condomínio, um garotinho que eu achava muito lindinho, ele começou a andar com a minha turma, morava no 3º andar do prédio onde ficava meu apartamento e eu comecei a falar que gostava dele!Foram tempos de puro sorriso, brincadeira de criança, pureza infantil...
Meus amiguinhos apostavam comigo e eu tinha que subir num dos bancos e gritar: "- He-man, eu te amooooo...."
Era o apelido dele, uma gracinha, loirinho..cabelo igual ao do He-man!
Mas não deu em nada, em 91 muita coisa aconteceu comigo, o meu batismo, tinha que estudar muito pra conseguir entrar no ginásio que na época era o meu sonho, ficar mocinha de verdade logo, ter vários professores, usar o caderno universitário, escrever com caneta BIC!
Em 93 me mudei, muitas coisas aconteceram em casa e tivemos que ir pra um condomínio menor e conheci novos amigos e foi lá que tive o que considero a minha primeira paixão de verdade!
Eu estava com os meus amigos na quadra do condomínio e estava distraída, sem pensar em nada, quando veio uma amiguinha me perguntar de quem eu gostava!
Fui pega de surpresa, minha nossa, o que responder pra ela?!
Então falei pra guria advinhar e ela foi me apontando um por um dos meninos que lá estavam jogando bola, quando cansei da brincadeira e ela apontou um e falei que era aquele!
Eu nem sabia o nome do garato e ele nem me atraía. Eu não tava com cabeça pra aquilo e esqueci do assunto, mas meus amigos não!
Os dias se passaram e eles me lembravam, me perguntavam e eu afirmava que estava apaixonada. Até que me apaixonei de verdade pelo menino, escrevia muitas cartinhas românticas, passei a estudar na mesma escola que ele, eu respirava, sonhava, almejava namorar com ele.
Mas nem eu e nem ele conseguíamos conversar um com outro.
Paixão platônica, os amigos falavam que ele gostava de mim mas eu não acreditava.
Mas o que motivou mesmo essa minha desconfiança, foi o fato de um dia eu chegar da escola e encontrar na minha porta, uma carta que eu tinha escrito a ele, toda rasgada, picada!Foi muito forte pra mim, a raiva foi tanta, que eu peguei os papéis picados e amassei com a minha mão tão forte que me machucou, tenho a cicatriz até hoje. Não chorei mas morri por dentro. Já que ele não chegava em mim, decidi então começar a falar que eu gostava de outro.
Talvez assim ele viesse falar comigo, tomar atitude...mas o povo se convenceu de que eu realmente gostava do outro, o pizzaiolo.
Este pizzaiolo morava no condomínio ao lado e sempre fazia entregas lá em casa.
Loirinho, lindinho, lembro que eu não parava de rir, era ele fechar o portão que eu desatava a rir.
Até hoje não entendi esses meus ataques de risos...rs
Eu e uma amiga, íamos sempre na pizzaria, davamos um jeito de chegar lá e tirar fotos do rapaz que eu dizia que gostava.
Confesso, teria adorado ficar com ele mas não fazia questão.
Só que algo aconteceu, algo que eu não esperava...levei um fora dele!Mas não..não foi um fora qualquer, foi O fora!
Diz minha amiga, que ele deu o recado por ela, falando que ele jamais ficaria comigo, porquê me achava horrivel, feia, iria queimar o filme dele, que ele não era louco e o resto eu nem quis ouvir!
Fiquei parada, respiração quase rara, minha cabeça indo não sei pra onde, parecia que eu já não estava mais ali.
Desde esse dia passei a sofrer de depressão profunda.
Eu sabia que não era linda, magrinha, maravilhosa...mas não achava que levaria um fora assim, tão mal-educado.
Sofri de depressão por uns 4 anos.
Queria morrer, não fazia questão de viver, não queria saber de igreja, de Deus, de nada!
Engordei muitos quilos e foram anos de baixo auto estima.
E decidi mudar isso, passei a sair, a emagrecer, a me dedicar aos estudos, mudei de colégio e fui cuidando de mim.
Voltei pra igreja, depois de uns 8 anos fora.
Tinha aprendido a fumar, mas decidi a parar.
Enfim...decidi a me amar.
Foi preciso um tempo ainda pra me recuperar da depressão, vivi muita coisa, tive que aprender na marra certas lições.
Ainda vieram outros amores e da mesma forma que vieram, se foram!
Amei pessoas da net, pessoas com quem convivi, amei pessoas que não me queriam, amei pessoas que me odiavam..e entendi, que o amor é de fato uma decisão.
Tá louca Pri?Quando que amar é uma decisão, amor a gente sente, a gente não manda no coração!
E eu respondo, mandamos sim em nosso coração, Deus nos dotou com cérebro para tomarmos decisões importantíssimas na vida.
Deus nos deu esse instrumento para sabermos que rumo tomar.
Se amor não fosse uma decisão, então porquê nós não continuamos a gostar da primeira paixão? Porquê, assim que levamos um fora, estamos decididos a esquecer e a gente esquece, conhece outras pessoas e decide se apaixonar novamente e o ciclo continua, até a gente gostar de alguém que goste da gente.
Nós decidimos até se a gente ama ou não os animais.Tem gente que odeia cachorro, tem gente que ama, tem gente que ama uma cobra, tem gente que tem pavor! E tudo porque, as pessoas decidem de quem, do que gostar ou não. Mesmo que essa decisão seja um ato lá no sub-consciente
Podemos amar tantas coisas é só se decidir.
Se você decidir gostar de uma pessoa, só porque achou linda ou uma gracinha, você com certeza irá se decepcionar, por que a pessoa poderá não gostar de você da mesma forma.
Se você decidir gostar de uma pessoa que também decidiu gostar de ti, as chances deste relacionamento dar certo, são imensas.
Todos os dias decidimos algo, todos os dias temos que decidir se continuamos a gostar daquela pessoa ou não, todos os dias temos que escolher um caminho a seguir.
O amor também é um dom, que só Deus pode nos dar.
Ele é a infinita fonte do amor!
Está faltando amor em sua vida?Busque a Deus.
Está faltando amor para você perdoar de verdade, aquela pessoa que você considera seu inimigo?Busque a Deus.
Está faltando amor em seus relacionamentos amorosos e fraternos?Busque a Deus.
Está faltando amor em algum projeto, trabalho, uma causa justa?Busque a Deus.
Está faltando amor para consigo mesmo?Busque a Deus.
Decida buscar a Deus, Deus é amor, Deus é a fonte infinita do amor, só Ele pode te dar o amor ágape, o amor fraterno, o amor materno/paterno, o amor entre um homem e uma mulher.
Com o amor reinando em nossos corações, perdoar vira um ato fácil de se realizar, as mágoas se tornarão cada vez mais raras, quando decidimos educar nosso coração a gostar de quem gosta da gente (no caso relacionamentos homem/mulher) e amar os nossos inimigos, pessoas que nos odeiam!
E por isso, Jesus fala que os dois maiores mandamentos é amar a Deus, a fonte infinita do amor e amar ao próximo, que será abençoado por este amor, que Deus nos deu.
Claro, com o mundo cheio de pecados, nada ainda é perfeito, erramos, falhamos feio...mas posso afirmar...o amor é uma decisão, um dom que só Deus pode nos dar.
E aí? O que você decidiu?
Um super beijo a todos e fiquem com Deus.
Pri Parra.
Conheça mais sobre a autora: Priscila
Nenhum comentário:
Postar um comentário