O Autor:
E por causa de vós repreenderei o devorador... (Malaquias 3 : 11)
No início dos anos 70, o irmâo Fernando comprou um terreno próximo do colégio adventista para que seus filhos ali estudassem. Era uma vila ruim, nâo tinha nada, nenhum comércio, só algumas casas e muitos terrenos baldios.
Duas coisas o incomodavam, a falta de uma quitanda onde comprar verduras e a falta de vizinhos, na sua quadra havia somente sua casa e mais uma outra ficando um terreno baldio entre elas.
No início, o irmão Fernado tratou de fazer amizade com o vizinho, e foi muito bem recebido, até que se identificou como adventista... acabou ali a possível amizade, o homem odiava crentes e deixou claro que nâo seriam inimigos, mas que nâo queria nenhuma aproximaçâo. Assim estabeleceu-se uma barreira para a qual o irmão Fernado não tinha outro fazer que nâo fosse orar.
Nesse tempo o irmâo Fernando fez sua horta, era muito caprichoso e sua plantas embelezavam seu quintal. Tinha de tudo um pouco e o suficiente para alimentar algumas galinhas com as sobras.
Seu vizinho também tinha uma horta, mas começou a ter problemas, as pragas atacavam sem dó nem piedade, eram lagartas e pulgões comendo suas couves, lesmas nas alfaces... tudo ia mal e a horta do crente uma beleza.
Houve um dia em que apareceu o pior inimigo das verduras... a formiga saúva... fizeram uma trilha e iam e vinham carregando as folhas e dizimando aquela horta que já não ia lá muito bem. E formiga , como diz a bíblia*, não é um povo forte, mas quando ataca... destroi mesmo.
Entâo o dono da horta preparou veneno, espalhou iscas formicidas pelos caminhos dos insetos... mas elas não carregavam as iscas. Fez de tudo e nada funcionou. Então fez o que qualquer um faria, iria atacar o formigueiro, mas onde era o formigueiro?
Para saber tinha que seguir a trilha... foi seguindo, seguindo, saiu de seu quintal, atravessou o terreno baldio e entrou na horta do irmão Fernando e lá, bem no meio das couves estava instalado um enorme formigueiro.
Isso chamou enormemente a atençâo do vizinho, como é que pode que as formigas deixassem as couves bonitas que estão ali do lado e irem tão longe buscar suas couves cheias de lagartas e pulgões...não se conteve e foi falar com o irmão Fernando...
É de simples explicaçâo o que ocorre aqui, mas primeiro entre e vou te mostrar na minha bíblia o que está acontecendo, disse nosso irmâo.
O vizinho incrédulo e muito curioso pensou: - O que terá a bíblia a ver com as formigas que comem minha horta e rejeita de comer a do crente?
Entâo com toda sabedoria do crente e tendo percebido que aquela situaçâo tinha sido preparada por aquele que conhece nossos corações e também os trilhos das formigas, passou a falar do dízimo; esse era o assunto em que o vizinho mais se apegava quando queria zombar dos crentes.
Mas e o que que o dízimo tem a ver com as formigas, perguntou. Então o irmão Fernando mostrou o verso que está logo em seguida do pedido de fidelidade ao dízimo que diz: “E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Malaquias 3 : 11)
Assim estabeleceu-se uma curiosidade por conhecer melhor a bíblia e enquanto sua horta era devorada, nosso irmâo fornecia-lhe graciosamente verduras bonitas e sadias sem nenhum agrotóxico.
Terminado um período de estudos bíblicos, lá se foi o incrédulo mergulhar nas águas do batismo.
Agora tudo estava resolvido, tinham verduras em abundância e ambos os vizinhos podiam se confraternizar pois pertenciam ao mesmo redil. Logo ali se fundou um ponto de pregação e eles eram uma bênção naquele lugar.
*As formigas não são um povo forte; todavia no verão preparam a sua comida; (Provérbios 30 : 25)
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