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O dia seguia calmo e ensolarado como sempre, logo mais a névoa noturna viria para regar os campos; mas, enquanto isso, os dois irmãos trabalhavam alegremente, cada um em sua faina diária, cada um envolto em seus pensamentos.
Em breve teriam que participar daquele momento especial (logo mais teriam que fazer aquele trabalho estranho). O tempo passou rápido e logo a penumbra da noite tomou conta de toda a região, e lá se foram os dois irmãos acender o fogo para clarear um pouco as trevas da noite. Calmamente tomam seu lanche e sentam-se para conversar um pouco antes de dormir.
O mais velho puxa papo e pergunta o que o outro vai fazer, o que ele vai levar no dia daquele trabalho estranho que eles tem a fazer, e o mais novo de modo impessoal responde que simplesmente vai pegar um cordeirinho dentre tantos que fazem parte de seu rebanho.
O mais velho replica que já ele não, ele está fazendo uma linda cesta, e que com todo o amor de seu coração tem escolhido o melhor de sua horta. Falou que não ousaria comparecer levando qualquer coisa, que seu irmão deveria saber que ele não faria isso, ele levaria simplesmente o melhor.
O irmão mais novo deu de ombros, como que dizendo 'faça o que você quiser', e assim a conversa foi encerrada. Com isso, o irmão mais velho, aproveitando-se da claridade advinda do fogo acesso, dedicou-se ainda um pouco à elaboração de sua linda cesta, enquanto o irmão mais novo despreocupadamente foi se deitar.
No dia marcado, lá estavam os dois, cada um com sua oferta. Caim naturalmente estava eufórico, imaginando qual seria a reação do Senhor; desta forma aguardava ansioso o momento em que iriam comparecer diante de Deus, para apresentar seu sacrifício.
Com certeza os olhos do Senhor iriam se encher de orgulho e alegria afinal, ele havia se dedicado muito para este dia. Não era uma oferta de sangue como a oferta de Abel, mas Deus certamente não iria se importar com este pequeno detalhe. Ele havia feito o melhor.
O momento chegou, lá está o Senhor e aqui está Caim com sua belíssima oferta, aqui estão os frutos de seu trabalho e dedicação. Chegou o momento de Caim fazer o seu sacrifício ao Senhor.
Abel já havia feito seu sacrifício, ele havia oferecido um simples carneirinho, mas havia sido aceito pelo Senhor, então agora seria o seu grande momento, agora ele iria impressionar o Senhor com a oferta que ele preparara com tanto zelo e amor.
O Senhor olha para a oferta de Caim e não consegue ver o lindo cesto que ele preparou, vê apenas o egoísmo e a sua dureza de coração, vê uma obra feita para impressionar, mas não consegue ver a simplicidade e a singeleza de uma oferta feita de todo o coração, por isso o Senhor recusa a oferta de Caim.
Alias, não só sua oferta, mas o Senhor recusa-se até mesmo a recebê-lo. Caim, diferentemente de Abel, não havia feito a vontade do Senhor, mas de modo arrogante e orgulhoso, havia ofertado algo que ele queria, algo que ele achava que era bom. Ele não havia se preocupado em nenhum momento em fazer a vontade do Senhor.
Enquanto Abel reconhecia que em si mesmo não havia justiça alguma, Caim havia comparecido cheio de justiça própria perante o Senhor. Há aqui um grande alerta para nós que vivemos no tempo do fim: Temos nós procurado fazer a vontade do Senhor, ou temos procurado fazer aquilo que achamos ser o melhor?
O Senhor procura aqueles que façam a Sua vontade, pois sendo o nosso Criador, certamente ele sabe o que é melhor para cada um de nós. Por isso, meu irmão, não faça o que você acha ser o melhor, simplesmente obedeça a Deus humildemente.
Assim como Caim não pôde agradar a Deus, nós também não poderemos se apenas procurarmos fazer a nossa vontade; mas, se aceitarmos fazer a vontade de Deus, temos que aceitar a Cristo em Seu sacrifício. Às vezes nosso 'ouro' não passa de 'lixo' para Deus, e o que julgamos sucata pode ser o que de mais valioso poderíamos colocar em Sua obra.
http://www.youtube.com/watch?v=J5UiCNqHayI
Conheça mais o autor: amilton
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