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sábado, 9 de maio de 2009

O amor que desafia e confia!


A Autora:

FRANciellen





Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor.

(Hebreus 11:6)

Estávamos no ano de 1984, mais precisamente no mês de julho, Lúcia tinha ido até ao médico escutar o coração do neném e pegar alguns exames de sua outra filha, que na época tinha 3 anos.

Diante do médico no consultório escuta o diagnóstico: Reumatismo no sangue. Com o grau um pouco avançado já, podendo ser classificado como “crônico”.

Ver que a filha não tinha uma simples doença, não, não era a gripe, nem uma virose, nem mais uma das infecções de garganta... foram receitados diversos remédios, nenhum destes era comprado ali na pequena cidade, todos vinham da capital.

E antes que ela saísse do hospital, tinha ainda mais uma consulta com o obstetra, o neném não mexia a 3 dias, a gravidez estava de 7 meses e após uma notícia daquelas, a idéia de um parto prematuro era realmente assustadora, ainda mais pelo fato de já ter tido um aborto espontâneo antes.

O médico ouviu o neném, olhou para Lúcia, balançou a cabeça e por fim avisou que não dava para esperar mais, o parto deveria ser realizado naquele momento, o coração da criança batia com dificuldade.

Minutos antes da cirurgia, ela colocou-se a orar, sabia que as chances do neném nascer com vida eram poucas, dele sobreviver... menor ainda, visto que estavam em um hospital onde não tinha aparelho de ultrassom, muito menos uma UTI neonatal.

Em sua oração pediu a Deus que lhe desse um sinal, não suportava mais 1 segundo sem saber se o bebê sobreviveria ou não. E quando disse “amém” sua barriga mexeu-se por completo, o neném movimentou-se como nunca antes tinha se movimentado, seu coração de mãe teve paz e confiança de que tudo daria certo.

Após a cesariana, o médico ainda olhou para o bebê e diante do tamanho minúsculo recomendou vários cuidados, não tinha como ficar com o neném ali no hospital, o risco de uma infecção era maior do que se estivesse em casa, ao final deu um conselho:

- Não se apegue muito ao neném, se ele não sobreviver, será pior o sofrimento. É difícil que ele “vingue”.

Ela ouviu em silêncio, mas teve certeza de que o sinal não tinha sido envão.

Retornando para casa, tinha agora duas crianças doentes, a mais velha com reumatismo e o neném recém nascido com “sopro no coração”. Eram trazidos da capital 3 remédios especiais, de preso elevado, Lúcia não dormia mais direito, cuidando para que não passasse do horário certo a administração dos remédios, ou quando tinha um tempo para descansar, tinha sempre a impressão de que o bebê recém-nascido estava engasgando, perdendo o fôlego... assim por diante.

O tempo se passou lentamente, 3 meses depois e o quadro estava exatamente como antes, uma possível cirurgia para “concertar o coração” do bebê, e idas infindas à farmácia, onde a menina mais velha, tomava dia sim, dia não, uma injeção de benzetacil.

Cansada desta situação, uma noite após ler na Bíblia sobre a confiança que devemos ter em Deus, nosso Pai; Lúcia resolveu ter uma conversa muito séria com Deus, ela conta que nesta noite orou como nunca antes e que nem mesmo anos depois conseguiu repetir algo assim, com tamanha fé e confiança em Deus, reclamou para Deus que as crianças que tinha, não eram frutos do acaso, mas eram presentes do Pai Celeste, que a vida de correr para o hospital, de remédios, injeções, com certeza não era o plano de Cristo para aquela família, e chorou ao dizer com firmeza, que se fosse para ser daquela forma, melhor seria que lhe fosse tirado as crianças, não suportava mais um dia naquelas condições. Derramou seu coração para Deus e deitou-se para dormir, sem se preocupar com o horário do remédio.

No dia seguinte, já as nove horas da manhã, ela é acordada assustada pelo esposo, os dois tinham dormido demais e já havia passado a hora do remédio, quando ele questiona a ela sobre isto, ela responde firmemente:

- A menina dorme em paz, eu dormi em paz... o remédio joguei fora, ela não vai mais precisar de tomar.

Quando ela pediu a Deus que lhe tirasse as crianças, conta que pediu pois tinha certeza que a cura viria, Deus não tem prazer em nossa dor, mas alegra-se diante da oportunidade de realizar um milagre em nossa vida!

Ser mãe é isto, é colocar-se a disposição de Deus, é dar ao Criador do Universo, oportunidades de operar pequenos milagres no dia-a-dia, grandes milagres em questão de segundos!

É o filho que engole uma moeda, é a criança que atravessa a rua atrás de uma bola, é o pequeno que queima de febre num estante, e no outro corre pela casa... é isto! É ter em Deus, o Pai, uma família... o entendimento do amor Celeste, a comparação da pureza, do amor infindo, pois como a mãe ama mais o filho doente, enfermo... Cristo ama com amor incondicional aquele filho que tropeça, cai e levanta-se! Que está doente com o pecado deste mundo, mas que insiste e implora por milagres!

Sou grata porque em uma noite minha mãe orou, reclamou para si as bênçãos de Deus!

Tive o coração reformado, minha irmã curou-se do reumatismo sem tomar mais nem uma única dose do remédio... e é por ter milagres assim para contar, que não me canso de louvar ao Senhor, que de tanto me amar, antes mesmo de eu nascer, planejou minha vida, escolheu minha família, e me deu de presente, uma mãe fantástica!

Já às portas do dia das mães... a todas que tem pequenos milagres para contar (tenho certeza que todas têm)... um feliz dia das mães! E que não percam, nem hoje, nem nunca... o dom maravilhoso que lhes foi dado: orar e confiar!

Observação: Na foto do título, é minha irmã, acredito que no tempo da doença... tinha ai mais ou menos 3 anos, e na última: eu, minha irmã e minha mãe... num típico sábado de manhã.. ehhehehe... “Fazer parte desta família... não é só obra do acaso... são milagres ofertados como presentes do nosso Pai!”

Conheça Mais sobre a autora: FRANciellen

Um comentário:

Ruth Alencar disse...

Então, nunca se esqueça disso. Principalmente naqueles momentos onde todas as circunstâncias dizem que não.

Você carrega na memória o registro de que é uma vitoriosa. Gostei da sua história, é inspiradora.