Razão de Vida

Por que estou aqui? Qual a razão de existir? Há um significado para ações que atribuiria mote para uma vida perdida e perplexa?

Somos seres racionais e emocionais. Vivemos um constante conflito entre a razão e impulsos. E entre tal conflito está a inerente necessidade de justificar a própria existência. A humanidade busca respostas desde que homem inseriu no mundo o pecado por sua própria queda. Desde então, o homem perdeu a ligação direta e única, frente a frente com o Criador. É como estar num mundo sem espelhos, sem reflexo, onde não se sabe como é o próprio rosto.

Vazios do real sentido, incontáveis razões são procuradas. Há aqueles que buscam realizações profissionais. Outros buscam mudar o mundo. Alguns, encontrar suas origens. Há aqueles que querem imergir em diferentes e milenares culturas. Sem falar naqueles que buscam a intensidade, para degustar o sabor mais forte e impetuoso das experiências, como forma de legitimar uma existência monótona e desesperadora.

Mal sabem os homens que sua vida nada mais é que um mero sopro perdido, tão fugaz que determinar o sentido da existência por suas próprias ações não passa do maior desperdício do curto espaço de tempo que lhe foi atribuído.

“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” Tiago 4:14-16

Toda essa ênfase em buscar razões a si nada mais que o oposto de nossa existência. Cada vez que voltamos mais a nossa fronte para nosso umbigo nos afastamos do que realmente pode tornar nossa existência mais que um mero vapor d´água.

Nosso instinto pecaminoso nos leva a desejar compulsivamente a realização de ações diversas, como meio de elevar o nosso rosto, a nossa fronte sobre os demais em nossa vida, sociedade, e principalmente justificar a nós mesmos a nossa pequenez, com o entorpecimento de uma crença de grandeza entre os homens.

O maior entre os homens, com a maior de suas realizações é menor que o mais ínfimo e simples filho de Deus. “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” Tiago 4:10

“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” Tiago 4:17

Os homens têm capacidade de fazer o melhor, mas quando suas ações são fazias de amor, são revestidas da aparência social de fazer o bem, mas em essência são direcionados em sua finalidade a exaltar a si próprios, esses cometem pecado.

Buscar realizações para si nada mais é que obras vazias do Espírito de Deus. É preciso que cada ação de nosso cotidiano seja mais própria e cheia de verdade; é preciso viver a vida com a intensidade, mas a intensidade do amor de Cristo, a intensidade desprovida do eu, e fundamentada no amor.

“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Romanos 5:5